Freud, Além da Alma

16/09/2013 19:27

Sobre a Vida e Estudos de Sigmund Freud.

Inicio.

            Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena (1881), especializou em Psiquiatria (abrange Neurologia, Psicofarmacologia e diferentes atendimentos psicológicos, com o objetivo de tratar doenças mentais), atuando em laboratórios de Fisiologia (campo da biologia dedicado à interação das diversas aplicações e funções físicas e químicas) e ministrou aulas de Neuropatologia (estudos relacionados às doenças do sistema nervoso e anatomia patológica).

            Theodor Hermann Meynert, professor da Universidade de Viena, direcionava seus estudos na anatomia, patologia e histologia cerebral, incluindo o mapeamento topográfico de intricadas redes neuronais. Não aceitava pacientes histéricos em seu departamento, pois para ele, os pacientes consideravam deliberadamente suas patologias com objetivos de atrair atenção, causar pena e fugir das responsabilidades civis.

            Freud chega a levar um dos pacientes com histeria ao departamento do professor Meynert, não satisfazendo muito o seu professor. Mas, Meynert aproveita a situação e usa de metodologia científica para comprovar seus pensamentos sobre a histeria. A Paciente dizia que sofria de cegueira e não conseguia mover as pernas. A partir disso, o professor inicia suas comprovações, exemplifica que a paralisia da paciente não devia deixar a sua perna tão rígida, sobre a cegueira mostra a dilatação dos olhos com a iluminação de um fósforo e diz que numa cegueria real não haveria dilatação ou reação com a luz. Mas, Freud faz um teste baseando-se na paralisia da paciente, esquenta uma agulha com o fósforo usado pelo professor e o atravessa na perna da paciente, como resultado, ela não esboça nenhum tipo de reação, Meynert responde que é apenas anestesia induzida por manter a perna numa posição rígida e não natural do corpo humano, resumindo em palavras finais “Histeria é sinonimo de mentira”.

 

Influencias de Jean Charcot.

            Por dificuldades financeiras, não se dedicou integralmente à vida acadêmica e de pesquisador, começando a clinicar pessoas com “problemas nervosos”. Ao final da residência médica, ganhou uma bolsa de estudo em Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava as histerias com hipnose. Charcot conduzia experiências sobre a histeria, em que certos fenômenos mentais desafiavam as regras da Ciência, rompendo com o princípio de que o pensamento e consciência são o mesmo. Provou que a mente pode pensar durante o sono, induzido por hipnose, fora que a visão da hipnose na época era considerada como magia negra, não se relacionando com a Ciência.

            Jean Charcot fundamenta a histeria com o significado do pensamento grego “Hyster” que significa “Útero”, pois acredita ser uma doença de mulheres, pelos médicos da época, não entrava em seus registros enciclopédicos. Havia registro de histeria em julgamentos de bruxaria, catalogados pela igreja na Idade Média, afirmando ainda mais o pensamento da histeria ser exclusivo de mulheres, pois havia apenas “bruxas” e não “bruxos”, por causa do relacionamento mais aproximado das mulheres, com as artes da natureza (curas naturais estimuladas apenas com poções de plantas e ervas, por exemplo) demonstrando um pensamento muito machista da época.

            A Ciência assim como o catolicismo, religião dominante da época, são conservadoras demais, quando algo não era de total entendimento, classificavam de formas muito pejorativas (Magia Negra, Coisas Diabólicas, Bruxarias). Jean Charcot em seus estudos percebeu que essas “infecções” não eram causadas por germes ou vírus, mas sim uma doença mental, que a histeria viola as leis médicas de que as doenças são de origens orgânicas e o princípio psicológico de que a mente só é capaz de um pensamento por vez. Com isso, prova que a histeria é uma doença mental e que a mente pode se dividir seguindo duas linhas de pensamento ao mesmo tempo.

            Com exemplo, aparecem duas distintas pessoas histéricas, paciente de Charcot:

  • 1º Paciente: Jeanne; sofre de paralisia flácida, dizendo que não anda por seis anos. Quando foi perguntado sobre como aconteceu, ela não se lembra, por relatos de parentes próximos, ela ficou assim por presenciar um acidente na ferrovia.
  • 2º Paciente: Servais; sofre de paralisia agitans, doença que o faz tremer constantemente, após um incidente onde se escondeu em uma cabana, por causa da tempestade e que a mesma foi atingida por um raio, Servais não se lembra desse acontecimento. Charcot caracteriza-o com alguns sintomas: a sua tez ficou acinzentada; olhos perdidos; movimentos mecânicos e comportando-se como se estivesse em transe hipnótico.

            Jeanne e Servais são induzidos pela hipnose, consequentemente com as sugestões de Charcot, as doenças são “curadas” e para provar que são traumas psicológicos, induz um à doença do outro, Jeanne começa a tremer e Servais a não andar, provando que são doenças por traumas psicológicos, não por doenças orgânicas, ressaltando que os pacientes não se lembram do porque ficaram assim. Concluindo, além de “curar” as doenças, pode também “cria-las”, explica Charcot “O estado hipnótico é uma simulação. Permite que entendamos, mas não que curemos”.

            Após essa experiência Freud, apresenta suas conclusões sobre os estudos de Jean Charcot, quando volta para Viena: “Se essas ideias surgiram da mente do paciente se são uma autossugestão após uma experiência traumática ou através da hipnose ou se são obra do demônio, como diziam antigamente, não tem importância. Importante é o fato de que essas ideias permanecem desconhecidas para o paciente, ou seja, são inconscientes. Fala-se muito no inconsciente hoje em dia. Até agora tem sido apenas uma abstração filosófica, mas Charcot permitiu que alcançássemos e tocássemos. Temos de aceitar o fato de que existe ‘pensamento’ em um âmbito não consciente. Esses pensamentos inconscientes são o produto de uma mente perturbada ou estão conectados ao trauma através de uma cadeia de lógica cujos elos temos de descobrir”.

 

Influências de Josef Breuer.

            Meynert se pronuncia contra aos novos estudos de Freud, concordando com algumas características como os traumas psicológicos e seus efeitos, ressaltando o porquê em considerar ideias diabólicas e em inconsciente, catalogando em especializações de teólogos e médicos. Demonstra uma perspectiva filosófica ao do grande filosofo Rene Descartes, onde se fragmenta para entender a compreensão daquilo que se estar a observar. Faz uma observação pessoal da hipnose, considera “quem usa o método um doente, muito mais grave do que o que está sendo hipnotizado. Nós médicos vienenses, preferimos deixar a especulação metafísica para os parisienses e nos ater às lições dos experimentos fisiológicos”.

            Logo após esta apresentação, Josef Breuer se aproxima de Freud, dizendo que está se inserindo na arte negra (hipnose). Apresenta a Freud um caso exclusivo de Breuer, Ana O, paciente que teve uma crise nervosa após a morte do pai, apresentando diversos sintomas: paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Breuer hipnotiza Ana O, enquanto Freud acompanha, ela começa a relatar um trauma que foi causado pelo seu cão, onde bebia a água de sua xicara que seu pai tinha lhe dado, em que a água tinha se tornada imunda, por isso não conseguia beber água. Depois de exteriorizar esse pensamento reprimido através da hipnose, voltou a beber água normalmente.

            Nesta parte usa-se o método denominado por Josef Breuer como Método Catártico, onde o tratamento que possibilita a libertação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa, por esta liberação ou exteriorização desses acontecimentos traumáticos eliminava os sintomas.    A partir disso Freud confronta-se com as duas teorias, Charcot e Breuer, pois Charcot considera que a histeria divide a mente seguindo duas linhas de pensamento ao mesmo tempo podendo até criá-las, mas Breuer rebate Charcot, diz “O trauma não divide a mente. Ele só faz com que a lembrança do incidente seja retirada do consciente [...] Porque estão rodeadas por emoções que não encontram uma saída natural pelo consciente [...] A emoção é descarregada com uma ação física [...] Um sintoma mórbido é apenas uma energia emocional saindo pelo local errado”.

            Logo Freud começa suas experiências, mas já logo é interrompido por Meynert, onde em seus diálogos Meynert propõe que a luz não mata os maus espíritos, mas sim os reanima por isso os deixar na escuridão, se não haverá destruição. Mostra em como é conservador, dando até para fazer uma apologia “A Cesar o que é de Cesar”, tornando o seu pensamento indiscutível. Faz uma observação muito pessoal sobre Freud, dizendo que a neurose o espera.

            Após conversar com Meynert, Freud se une a Breuer, continuando a suas novas experiências com a hipnose. Com as observações Freud, percebe que não há memória consciente, concluindo que existe um mecanismo psíquico que defende a mente contra lembranças intoleráveis, fazendo uma ponte aos seus estudos quando trabalhava no laboratório de Fisiologia, retomando essas ações psicológicas as ações orgânicas das glândulas linfáticas protegendo o corpo contra as infecções. Associando ao mecanismo de repressão que impede que essas lembranças cheguem ao consciente.

 

Influências Theodor Hermann Meynert.

            Carl Von Schlossen, um dos pacientes atendido por Freud, após submeter-se a hipnose, exteriorizou suas emoções reprimidas. Freud descobre um desejo inconsciente do Carl pela mãe, por isso vindo a matar o seu pai, justificando a sua ação contra o pai por ele ter “estuprado” a sua mãe todas as noites, mas na verdade não era estupro, apenas um relacionamento normal. Resultou que Freud abandonou a hipnose durante um longo tempo, e voltasse aos seus estudos mais precisos (Neurologia), concordando com pensamentos do seu antigo professor Meynert, em seus últimos diálogos.

            Com o adoecimento de Meynert, Freud volta a vê-lo, descobrindo então que o seu professor sofria de histeria. Na conversa, Meynert confessa sobre considerar Freud, como o seu filho espiritual, logo após fazer uma referência da maldição de Ham (atribuída por ter visto a nudez de seu pai, por fim estar fadado à servidão). Relatou o seu tratamento particular por achar Freud da “Fraternidade dos Neuróticos”, por corresponder a uma regra: “O silencio na presença do inimigo”, e, o incapacitava por considerá-lo um inimigo, que viesse a trair a Fraternidade. Mas faz um pedido no final a Freud “Rompa com o silêncio! Faça o que tem de fazer. Traia-nos. Precisamos de um pagão. Vá ao âmago de nossa obscuridade [...] Se faltar-lhe força, faça um pacto com o diabo. Desça ao inferno e acenda sua tocha em seu fogo”.

            Este último diálogo, considero como uma rica referência aos pensamentos de Heráclito, não dizendo que tinha em seu pensamento, mas meramente como uma ilustração em que ele como diversas vezes utiliza de referências simbólicas e religiosas para se justificar. Consistindo no pensamento do “Tudo Flui” (Panta Rei) e do fogo, que seria o elemento do qual deriva tudo o que nos circunda. "O Deus é dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome; mas se alterna como o fogo, quando se mistura a incensos, e se denomina segundo o gosto de cada um”, pois Heraclito considerava as diversas divindades da mitologia grega, adorados pelos homens, como sendo apenas fogo misturado a diferentes tipos de incensos. E a alma consiste apenas de mais uma rarefação do fogo e sofre as mesmas mudanças que todas as coisas.

            A partir do último diálogo com Meynert, Freud usa de suas experiências pessoais para buscar as respostas e formular as suas teorias que depois viriam a ser o Complexo de Édipo. O Édipo da mitologia Grega, onde baseou sua teoria. Retomando aos pensamentos de Heráclitos, usando das palavras de Meynert, desça ao inferno (obscuridade) e acenda sua tocha (incenso) em seu fogo (alma).

            Logo após, Freud vai de encontro a Josef Breuer, mostra sua teoria geral sobre a neurose, enfatizado em sua experiência pessoal e a dos pacientes que atendeu. Com as investigações, Freud descobre que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual. Esta descoberta colocou a sexualidade no centro da vida psíquica, provando a existência da sexualidade na infância, afirmações polémicas em uma época tão conservadora na Europa, onde a infância era vista como “inocente”.

 

 

Complexo de Édipo.

            A descoberta do inconsciente foi primal para o Complexo de Édipo, pois, “qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior?” (Freud). Associando as suas experiências com seus pacientes e percebendo os reflexos dos comportamentos, Freud atribuia está força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento de resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir da consciência uma ideia ou imagem de algo intolerável que está na origem do sintoma, finalizando em que essas ações psicológicas localizam-se no incosciente.

            A morte de seu pai foi crucial para a autoanálise, buscando novos meios para justificar sua teoria, Freud tem um sonho, chega a conclusão que os sonhos têm enigmas e tenta interpreta-los, com a seguinte reflexão “Podem os sonhos ser ideias escapando da repressão”. Conclui o seu sonho na seguinte frase “Os filhos devem fechar os olhos aos pecados dos pais”, mas percebe que ela mesma não apreende toda estrutura da teoria, pois, não funcionava com ele mesmo, após ter ir ao túmulo de seu pai. Chegando ao embate em sua teoria na seguinte reflexão, de ser possível que a neurose comece na infância? Isto colocaria o incidente traumático antes dos impulsos sexuais.

            Para manter o casamento, Josef Breuer passa o caso de Cecily para Freud, como resposta ela cria uma gravides para manter Breuer em seu caso, mas não da certo. Com as investigações, Freud deixa a hipnose, por ver que Cecily não se sujeita ao método Catártico, por ela pensar que estaria traindo Breuer. Com isto Freud faz uma ligação dela ter passado uma ideia de Breuer, ter se tornado a figura que admirava no seu pai. Assim, da-se o inicio daquilo que seria chamado futuramente de psicanalise por Freud, substituindo o método catártico, um novo meio em descobrir as repressões e suprimi-las através do juízo que aceitasse ou condenasse a ideia ou imagem pela repressão.

            Com o inicio da associação livre com Cecily, Freud percebe um novo meio para atingir o inconciente, descobrindo as verdades distorcidas ou simbólicas que a deixou histérica. O que depois se torna o conceito de realidade psíquica, pois, o indivíduo assumiria o valor da realidade psiquica (imaginação) ao da realidade objetiva (situação realmente vivida).

            Com essas novas descobertas, Freud apresenta a sua nova perspectiva de sua teoria para Breuer, que o questiona “Mas como, na inocência da infância, pode uma experiência sexual ser traumática?”. Freud, “Mas a experiência não é reprimida na época. Só mais tarde, na adolescência, a memória desperta a excitação sexual que a moralidade condena. É só então que ela sente vergonha e culpa, e a memória torna-se intolerável”.

            Com quase desistência pela sua teoria, Freud é apoiado pela sua esposa Martha, falando das reflexões dele mesmo para ajuda-lo, “O progresso como andar, é conseguido com a perda e a volta do equilíbrio. É uma série de erros. [...] De erro em erro, descobre-se toda a verdade”. Lembrando-se do que costumava dizer, Freud, acha sua justificativa final para a teoria ser tornar completa, “O falso é a verdade. Na nossa cabeça”.

            Justificando o Complexo de Édipo, Freud, compreende a história de Cecily e a sua, onde os dois respectivamente “criam” os traumas. Nas investigações, Freud, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual, no caso de Freud, a mãe é o objeto de desejo, e o seu pai, é o seu rival que tira o seu objeto de desejo. No caso da Cecily, ela procura ser a “mãe”, tendo a sua liberdade em seu comportamento, como estivesse na fase adulta, onde ambos, Cecily e Freud, desejam a “morte” de seus respectivos “rivais”. Apresentados em sintese, o conceito de pulsão, que refere a um estado de tensão que busca, através de um objeto, a supressão deste estado: Eros (vida; abrange as pulsões sexuais e de autoconservação); Tanatos (morte; autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se manifestar como pulsão agressiva e destrutiva).

            Em seu último dialogo com Meynert, Freud diz da “inocência” da infância, mas sendo transformada pela moralidade das sociedades, quando a criança vai crescendo, “Não há culpa na sexualidade na sua fonte. Só depois que o rio passa por cidades”. Essa revelação causa uma aversão a Breuer, se recusando a participar de uma teoria tão absurda, onde a culpa dos traumas recai na própria realidade psíquica da criança, acredito que, retira a inocência da criança em seus aspectos sociais.

            Com encerramento, Freud apresenta sua teoria no congresso: “A idade da inocência. É assim chamada porque a criança não tem consciência sexual alguma. Essa crença errônea reflete o sentimento de medo e culpa da sociedade. A criança é um jovem animal voraz querendo encher o estômago. O leite quente desce pela sua boca, lhe dá prazer. Um prazer que busca mesmo com a fome saciada. então, ela chupa um mamilo falso, seu dedo. A gratificação que ela obtém sensibiliza a regiã de sua boca e lábios, ela se torna uma zona erógena que, na vida adulta, encontra prazer no beijo. A criança é banhada. Ela é afagada e acariciada pela mãe. Todo o seu corpo responde às carícias. O desejo pelo seu peito gradualmente se expande para um desejo pela própria mãe. Inevitavelmente, ela se torna o primeiro objeto de amor. Então, ela descobre que não está sozinha. Tem um rival, seu pai. Então, antes de poder compreender, é consumida pelo ciúme. Presa num conflito entre amor e ódio. Há pouca novidade nisso. Os antigos gregos revelaram saber essas verdades na história de Édipo que matou seu pai e tomou a mãe como esposa. Depois, foi condenado a vagar pela vida, cego e sem casa. A sombra dessa condenação está sobre todos nós. É no Complexo de Édipo que a fixação da criança pelo pai ou mãe chega ao clímax no erotismo infantil. Cada ser humano tem a tarefa de superar esse complexo dentro de si mesmo. Se ele consegue, será um indivíduo completo. Se falha, será um neurótico e vai vagar para sempre cego e sem lar”.

 

Considerações Finais.

            O Complexo de Édipo e a Teoria da Sexualidade de Freud são fundamentais para a compreensão do comportamento infantil. O relacionamento entre pais e filhos, depois de Freud, há uma ruptura, pois quebra um paradigma estabelecido socialmente em que todos os aspectos da criança são de “pureza” ou “inocencia”. Apesar de que, só se agrava, depois da apropriação das moralidades da sociedade, pela criança.

            Acredito que a criança de hoje, esta muito mais sujeito a histeria e neurose do que antes, principalmente pelos meios de comunicação em que elas estão inseridas, o desenvolvimento precoce da sexualidade (adulta) e a falta de orientações, independente dos responsáveis (Estado, Escola, Família). Será que haveria uma prevenção dessas neuroses e histerias de Freud? Acredito que elas aconteceram inevitavelmente, pois, não se tem controle do inconsciente, a mente humana continua como uma caixa de surpresa, demonstrando que as emoções, ditam as regras dos homens.

            O trabalho de Freud, só veio a contribuir com a possibilidade de compreender o funcionamento psicológico do homem, onde cada peça do quebra cabeça que Freud montou, monta-se outro. As possibilidades de estudos, ainda mais direcionados, mostram o quanto abrangente foi Freud, homem que assim como na passagem dos Delfos “Conhece-te a ti mesmo”, procurou se conhecer interiormente, resultando em seus trabalhos, isto mostra que, um pensamento e visão atemporal, assim como as histórias gregas, pode direcionar uma solução para aquilo, que nem vimos ainda como problema.

 

Referência:

Filme: Freud Além da Alma (Freud, The Secret Passion). EUA, 1962. Dir. John Huston.

Seu Pensar sobre: Freud, Além da Alma

Visão Getral

Data: 17/09/2013 | De: Chaim

Vc está em um bom começo. Boa Sorte

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